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Considerações ao “Novo Normal” no cenário escolar
- 30 de setembro de 2020
- Postado por: Renato Pereira
- Categoria: Últimas Notícias

Ante a tragédia da Covid-19 uma parte significativa do mundo entrou em exílio “Fique em Casa” de forma mais ou menos voluntária como uma oportunidade de olharmos para nós mesmos. Fomos convidados a cobrir o nariz e a boca, deixando à mostra, os olhos. Um convite de “olho no olho”! Um convite para voltarmos para nós mesmos e nos descobrirmos. Assim, indagamos: Isto faz parte do novo normal? O que é novo normal?
Sócrates, dizia: “eu não posso ensinar nada a ninguém, eu só posso fazê-los pensar”. Então, vamos pensar juntos: os impactos dos novos acontecimentos atingem direto à educação? Em primeira análise, precisamos refletir sobre as mudanças significativas e desafiadoras que ocorreram e ocorrem constantemente nesse cenário. Percebe-se que houve uma ressignificação do papel da Escola, dos Professores, da Família e dos Alunos, visto que o ensino remoto se fez presente e as rotinas escolares ficaram diferentes. Recebemos instruções tanto ao que tange à elaboração das atividades nos aspectos técnicos de conteúdos e contextualizações da nova realidade, como também, aos aspectos de segurança e higiene. Logo, observa-se a necessidade de destacarmos as competências socioemocionais, essas já abordadas pelo documento norteador, a BNCC, a qual visa à garantia de aprendizado e desenvolvimento humano a partir da elaboração dos sentimentos. Desta forma, nota-se a necessidade de alinharmos razão e emoção para vivermos da melhor forma possível.
Portanto, falar de competências socioemocionais requer empatia. É preciso partilhar e compartilhar as diferentes experiências com responsabilidade e paciência, respeitando as diversas vivências e sentimentos na pandemia. O período do “Fique em Casa” contribuiu para o autoconhecimento e permitiu às pessoas descobrirem soluções inéditas para a rotina diária, com independência e criatividade nas decisões, gerando impactos positivos nas decisões tomadas no dia a dia. Possibilitou sentir-se feliz nas oportunidades de sociabilidade, praticando o autocontrole e incentivando a generosidade para consigo mesmo e para os outros. Destarte, só seremos felizes e sadios quando explorarmos todos esses valores de forma equilibrada sem hesitar. Isto faz parte do Novo Normal.
O desafio é humanizar o contexto virtual porque a tecnologia trouxe novas possibilidades de acesso ao conhecimento, de conteúdos personalizados para atender às necessidades individuais dos alunos, bem como a possibilidade ao ensino híbrido. Assim, precisa-se de equidade para que se amplie o número de pessoas beneficiadas e como isso é possível? Já pararam para pensar? Todas as pessoas têm as mesmas oportunidades? Por mais que há várias inquietações, chegamos à conclusão de que as escolas não são apenas prédios; afinal, a educação continuou a ser desenvolvida mesmo com as escolas vazias. No entanto, as novas tecnologias e as informações por si só não educam e não formam! Exigiram-se práticas pedagógicas diversificadas das quais viessem ressignificar o papel da educação em sociedade, com uma formação cidadã, onde os conteúdos precisaram ser revistos para atender a uma nova forma de “ler o mundo”. Em resumo, a Educação enquanto instituição responsável pela preservação da cultura e do conhecimento deverá também se reinventar em tempos de incertezas. É o Novo Normal.
Profª Me. Maria da Conceição Morangueira Magri
Coordenação do Ensino Médio – Unicolégio